quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O corpo e o mar









Teu corpo me chama
Nas tardes de sol
É a voz que reclama
Um porto sem nau

É o sol, é a lua
É a água com sal
É o mar que ondula
Varanda e quintal
É a casa da gente
É a estrela cadente
A noite a brilhar
Um poeta a cantar
Minha boca na sua
Um beijo molhado
Corações pulgentes
Os corpos são quentes
Desejo de amar



Sergio e Ary Peçanha

Um comentário:

Carmen Regina Dias disse...

Sérgio, ...
sempre me senti menina diante do
poeta que és;
leio O Corpo e o mar, e já quase
posso ouvir tua voz cantando,
e já invento uma viola, invento mar
em pleno oeste, invento brisa,
maresia, e o barulho das ondas.
Tua poesia tem algo que me cativa,
que fascina o poeta menina;
se a poeira dos tempos neblinasse
tua presença em minha vida,
acho que a poesia iria embora
de mim.
Te seguiria.
POrque não saberia viver distante
dos acordes dos teus poemas.