quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Haja poesia!
















A saudade da poesia bateu bem profundo
Lançando nas veias a chama que chama
Haja poesia!
Haja corpo de verso despindo as falas mansas
Haja sentidos para as palavras
Quentes e sôfregas que cravas no peito do poeta;
Haja lugar! Montes, grutas, altar...
Haja papel, tela, pergaminho...
Ah! Haja espaço em seio...


Meus redemoinhos correndo sobre essa tela,
Apagando o inverno pra poesia deitar...
E o vulcão do poeta ressuscitar
Letra a letra, verso a verso, chamas,
O peito do poeta aberto,
Poesia na ponta da língua...
... Escorre, a aquarela vai virando rosa
As pinceladas o agonizam...


À flor da pele,
Despertam-lhe as ninfas ardentes,
Macias e fogosas,
Canteiros delírios cercados de rosas...
Entre os pistilos e pétalas,
As almas se transportam!
Os corpos se adornam de pólen!
A poesia poliniza com o teu beijo...
E o ventre engorda...



Sergio Bittencourt & Carmen Regina & Vera Lúcia Bezerra

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