Abro o meu coração num grito e ouço o eco da noite
Deslumbrando no cair da chuva fina, sorrateira
Canto pros mares de cá das delícias que recebo de lá
Acordando os passarinhos num convite a fazer um coral
Pétalas de flores caem e o chão já é um jardim
Fumegante é a cor dos olhares profundos, fluentes da lua
Doce se faz a caminhada em campos de lírios
Sobe da terra uma fumaça clara, prenúncio de chegada
E eu aqui, sentado sobre a pedra, vejo o nascer do sol.
Um comentário:
Querido Poeta
"...sentado sobre a pedra, vejo o nascer do sol."
E ele nasce,
e já é todo um manto dourado pousado
sobre a brancura do poema.
A alma das flores se levanta e dança nas pontas dos dedos
do poeta,
os lírios, taças recheadas de orvalho, brindam
à poesia, que se derrama macia,
diante dos olhos extasiados
do beija flor.
Que poeta lindo tu és, Sergio, fico encantada,
Torno-me tu antes ainda de terminar de ler
os teus poemas.
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