quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O FILME








Eu estava lá tão perto da beleza dos olhos
o vento lançava cabelos como cordas
Lábios sussurrantes como ondas
Queixos fumegantes como o sol
Pés macios e doces numa manhã
Adornando a luz da lua
Somando as batidas do coração
Ciente de sua presença nobre
De seu cantar adormecido
De seu falar inenarrável
E eu completamente embriagado
Bebia inda mais daquele olhar
Querendo eternizar a noite
E aumentar a duração do dia
Só pra não perder a cena
De um filme em minha vida.

2 comentários:

Carmen Regina Dias disse...

Aqui também some minha voz,
como nos filmes que se acabam.
Mas sempre posso retornar e dizer
do meu apreço ao coração do poeta,
que, por suas mãos, tanto bem faz aos meus olhos
e ao meu próprio coração.

Carmen Regina Dias disse...

Ouço uma voz no deserto
dos poemas
Arco iris se despedaçam
ao timbre dulcíssimo,
penetrando nos labirintos
tingindo as dunas, o vento,
o calor tórrido do meio dia
o frio sibérico da meia noite.
Ouço tua voz no deserto
e o índigo dos véus dos tuaregs entra por meus olhos
e eu posso ver
um amor de poeta,
Andarilho
das minhas estrelas,
blogueiro dos poemas maiores
milhões de sóis levantando-se
à beira do a
mar.