segunda-feira, 19 de maio de 2008

POESIA


BORBOLETA


Adeja borboleta esvoaça este vento

Que te joga de lado a todo momento

Atrás de uma esperança de lanças a voar

Agitando antenas, correntes de ar


Tuas asas cintilantes em pedaços se desfaz

É uma porção de si que deixaste atrás

Tal qual papel solto ao léu deste vento

Há jovens que voam além do momento


Borboleta pára, mocidade espera

É inútil lutar contra o inevitável

É tal como fogo que pega na palha

Há jovens que voam no céu da migalha


Borboleta vem e vê tudo se dilacera

Enquanto tu paras o jovem espera

Por rios que correm sem encher o mar

E as aves que voam por anseios vis

Há jovens que deixam o chão de um país.



Sergio Bittencourt

Um comentário:

Carmen Regina Dias disse...

"...Por rios que correm sem encher o mar
E as aves que voam por anseios vis
Há jovens que deixam o chão de um país."

senza parole...